Miopatias inflamatórias em Florianópolis/SC
Dermatomiosite, polimiosite, e outras miopatias inflamatórias
Polimiosite e Dermatomiosite
Polimiosite e Dermatomiosite são miopatias inflamatórias, processos inflamatórios da musculatura de natureza autoimune
Em ambas as enfermidades, o processo inflamatório destróis a musculatura esquelética, resultando em fraqueza muscular progressiva – com o avanço do quadro, a fraqueza pode se tornar irreversível. Caracteristicamente, os sintomas se iniciam pelas cinturas escapular e pélvica – os músculos responsáveis por movimentos de ombros e quadris – gerando dificuldades para erguer os membros superiores, pentear-se, subir escadas, levantar-se quando sentado. Se não tratado, o processo passa a acometer maior número de músculos, podendo causar fraqueza de todo o corpo. Também pode ser acometido às musculaturas cardíaca (causando insuficiência cardíaca), diafragmática (causando insuficiência respiratória) e esofágica (causando disfagia (dificuldade à deglutição) e refluxo).
A dermatomiosite difere da polimiosite pelo acometimento cutâneo – pode haver placas eritematosas (avermelhadas) em superfícies extensoras de articulações (sinal de Gottron), coloração avermelhada de pálpebras e face (heliotropo), vasculites, fotossensibilidade e lesões cutâneas difusas. Em pacientes com doença de longa duração, podem surgir calcificações subcutâneas, que podem ser dolorosas e provocar úlceras. Em alguns casos, a dermatomiosite pode estar associada a neoplasias, sendo necessário realizar exames para excluir essa possiblidade em pacientes cuja doença se inicia após os 40 anos de idade.
Ambas as doenças podem apresentar, ainda, fenômeno de Raynaud e acometer vasos sanguíneos, causando vasculites, e pulmões, causando pneumonite intersticial, que pode evoluir para fibrose irreversível.
O diagnóstico das miopatias inflamatórias depende de quadro clínico característico, complementado por exames complementares: alterações dos níveis de enzimas musculares, eletroneuromiografia e biopsia muscular.
Diversos medicamentos podem ser utilizados no tratamento das miopatias inflamatórias, a escolha depende da gravidade do quadro e da resposta ao tratamento. O tratamento, em geral de longa duração, é fundamental para prevenir complicações, incluindo óbitos.
Síndrome anti-sintetase
As síndromes anti-sintetases são doenças inflamatórias sistêmicas caracterizadas por miopatia inflamatória (inflamação muscular), acometimento pulmonar, com evolução para fibrose pulmonar, fenômeno de Raynaud, lesões cutâneas palmares descamativas e presença de autoanticorpos específicos.
O diagnóstico das miopatias inflamatórias depende de quadro clínico característico, complementado por exames complementares: alterações dos níveis de enzimas musculares, eletroneuromiografia e biopsia muscular.
Diversos medicamentos podem ser utilizados no tratamento das miopatias inflamatórias, a escolha depende da gravidade do quadro e da resposta ao tratamento. O tratamento, em geral de longa duração, é fundamental para prevenir complicações, incluindo óbitos.
Miosite necrotizante autoimune
A miosite necrotizante autoimune é uma doença muscular inflamatória que início agudo subagudo, cujos sintomas em geral iniciam-se por fraqueza na musculatura das proximais de membros gerando dificuldades para erguer os membros superiores, pentear-se, subir escadas, levantar-se quando sentado. Se não adequadamente tratada, pode acometer outras partes do corpo, a musculatura respiratória e cardíaca, causando, respectivamente, insuficiência respiratória e cardíaca.
O diagnóstico dessa enfermidade depende de quadro clínico característico, complementado por exames complementares: alterações dos níveis de enzimas musculares, eletroneuromiografia e biopsia muscular.
Diversos medicamentos podem ser utilizados no tratamento das miosite necrotizante autoimune, a escolha depende da gravidade do quadro e da resposta ao tratamento. O tratamento, em geral de longa duração, é fundamental para prevenir complicações, incluindo óbitos
Miosite por corpúsculos de inclusão
A miosite por corpúsculos de inclusão afeta comumente pessoas com idades acima de 50 anos. Caracteriza-se por fraqueza, por vezes assimétrica, que se inicia-se pelas extremidades, particularmente nãos mãos. Tende a progredir lentamente, tanto em intensidade, quanto no acometimento de outros músculos, incluindo a musculatura esofágica, que pode causar disfagia (dificuldades de deglutição).
O diagnóstico é realizado pelos achados clínicos associados a exames complementares, incluindo exames laboratoriais, eletroneuromiografia e biopsia muscular.
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Conheça as Principais Doenças Reumatológicas
Dr. Gláucio Castro
- Graduação em Medicina pela Universidade Federal de Santa Catarina (1999)
- Residência Médica em Clínica Médica e Reumatologia pela Universidade Estadual de Campinas – Unicamp (2003).
- Área de Atuação em Dor
- Pós-Graduação em Tratamento Invasivo da Dor - Einstein