Fibromialgia em Florianópolis/SC

A fibromialgia é uma síndrome dolorosa crônica, muito frequente na população. Caracteriza-se por dores difusas, de intensidade e caráter variáveis, hiperalgesia (hipersensibilidade a estímulos dolorosos), alodinia (dor a estímulos que naturalmente não seriam dolorosos), sono não reparador (acordar cansado) e fadiga. Outros pode estar frequentemente associado, incluindo: parestesias (dormência), cefaleia, síndrome do intestino irritável, dispareunia (dor às relações sexuais), cistite intersticial, síndrome das pernas inquietas, entre outros.

Muito comumente a fibromialgia está associada a estados de depressão e ansiedade, distúrbios com que compartilha com mecanismos fisiopatológicos, incluindo alterações dos níveis de serotonina, noradrenalina e dopamina no sistema nervoso central. Essas alterações das concentrações de neurotransmissores resultam em deficiências dos mecanismos centrais de controle de dor – de um modo bastante simplificado, pode-se dizer que o sistema nervoso central de um paciente fibromiálgico é extremamente sensível aos impulsos dolorosos.

Embora as causas da fibromialgia ainda não sejam de todo conhecidas, considera-se que os aspectos genéticos sejam bastante importantes – com efeito, é comum a presença de diversos portadores da enfermidade na mesma família. Sobre esse arcabouço genético, diversos fatores ambientais podem agir para deflagar a doença.

O diagnóstico da fibromialgia é clínico, baseado nos sintomas característicos, sendo facilmente realizado pelo reumatologista. Exames complementares convencionais não auxiliam no diagnóstico, sendo geralmente solicitados para descartar outras doenças. Essa enfermidade é mais comum em mulheres e pode afetar pessoas de qualquer idade, não é incomum que o diagnóstico seja feito muitos anos após o início da doença.

Embora possa causar dores intensas, a fibromialgia não causa sequelas ou deformidades e a intensidade dos sintomas não guarda relação com o tempo de doença. No entanto, a fibromialgia resulta em grande comprometimento da qualidade de vida, motivo pelo qual deve ser tratada.

O tratamento da fibromialgia envolve exercícios físicos, psicoterapia, analgésicos e medicamentos capazes de modular os mecanismos de dor no sistema nervoso central. Outras medidas, como a estimulação elétrica transcraniana por corrente contínua (TDCS) também pode ser empregado. Embora não haja cura para a fibromialgia, o tratamento adequado é capaz reduzir a dor e resgatar a qualidade de vida.

Marque uma
Consulta

Dr. Gláucio Castro

  • Graduação em Medicina pela Universidade Federal de Santa Catarina (1999)
  • Residência Médica em Clínica Médica e Reumatologia pela Universidade Estadual de Campinas – Unicamp (2003).
  • Área de Atuação em Dor
  • Pós-Graduação em Tratamento Invasivo da Dor - Einstein

Ícone Artigos Veja as Publicações do Doutor