Febre reumática em Florianópolis/SC

A febre reumática é uma enfermidade típica da infância, secundária à reação imunológica a uma infecção da orofaringe por uma bactéria chamada Streptococus beta-hemolítico do grupo A.

Indivíduos susceptíveis podem manifestar o quadro dias a semanas após o início do quadro infeccioso. A doença é caracterizada por febre alta e mal estar, artralgia (dor articular), artrite, lesões cutâneas e alterações cardiológicas. Embora a maioria dos pacientes apresentem febre, as demais manifestações não estão presentes em todos.

A artrite da febre reumática caracteriza-se por dor e aumento de volume articular e tem caráter migratório: afeta cada articulação por alguns dias, quando um local começa a melhorar, outro começa a ser afetado. Embora possa se manifestar com dores intensas, não deixa sequelas.

A febre reumática afeta todas as partes do coração e pode chegar a ser fatal. Alguns pacientes apresentam apenas manifestações brancas, como taquicardia (aumento da frequência cardíaca) e alterações eletrocardiográficas. Outros podem apresentar pericardite (inflamação do pericárdio, membrana que envolve o coração), miocardite (inflamação do músculo cardíaco) e endotelite. A miocardite pode causar insuficiência cardíaca congestiva, risco de vida e sequelas. A endotelite, envolvimento do tecido interno do coração, resulta em inflação das valvas cardíacas, podendo igualmente causar insuficiência cardíaca aguda e problemas valvulares crônicos.

A cada nova infecção estreptocócica da orofaringe, há risco de novos surtos de febre reumática. E a cada surto podem surgir novas lesões cardíacas. A febre reumática é causa importante de cardiopatia crônica decorrente de insuficiência e estenoses valvares, particularmente das valvas aórtica e mitral.

A Coreia de Syndeham é outra manifestação da febre reumática. Surge meses após a infecção da orofaringe e caracteriza-se por movimentos involuntários. Pode ser bastante limitante enquanto ativa, mas é autolimitada e não deixa sequelas.

O diagnóstico da febre reumática depende do quadro clínico típico e da demonstração de infecção recente por Streptococcus beta hemolítico do grupo A, através de exames laboratoriais. Uma vez feito o diagnóstico, outros exames complementares podem ser demandados para avaliar a possibilidade de comprometimento cardíaco.

O tratamento da febre reumática é realizado com uso de medicamentos, determinados pela gravidade do quadro. Após o tratamento do quadro agudo, é extremamente importante evitar novas faringo-amigdalites estreptocócicas, o que exige o emprego de antibióticos profiláticos por longo período. A prevenção de novos surtos é o único meio de evitar as sequelas da doença

Imagem Febre Reumática

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Dr. Gláucio Castro

  • Graduação em Medicina pela Universidade Federal de Santa Catarina (1999)
  • Residência Médica em Clínica Médica e Reumatologia pela Universidade Estadual de Campinas – Unicamp (2003).
  • Área de Atuação em Dor
  • Pós-Graduação em Tratamento Invasivo da Dor - Einstein

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