Medicina da Dor
Dor é uma experiência universal, acomete a todos em algum momento da vida. É uma sensação desagradável, mas essencial – é um sinal de alerta que nos avisa que algo não vai bem. Ainda, assim, quando intensa ou crônica é um sintoma que pode e deve ser tratado. A medicina atual dispões de diversas ferramentas para controles de síndromes dolorosas.
Embora a dor por si só mereça um tratamento específico, o diagnóstico correto de sua causa é de extrema importância – muitas vezes o tratamento da causa pode resolver a dor e reduzir a necessidade de uso outros medicamentos. Para isso, uma avaliação clínica adequada é fundamental para o sucesso do tratamento.
Dor
Conviver com dor é um grande desafio. Seja aguda ou crônica, a dor interfere no humor, na concentração e na memória, prejudica o desempenho das atividades diárias e as relações sociais, resultando em grande comprometimento da qualidade de vida. Com dor intensa, é muito difícil viver bem e sentir-se feliz. Infelizmente, muitas vezes a dor é relegada a um segundo plano, subestimada, e os tratamento disponíveis, subutilizados.
O tratamento da dor tem por objetivo amenizar os sintomas e os sofrimentos relacionados. Um benefício adicional é a possível prevenção da cronificação da dor quando tratada precocemente. Há fartas evidências de que quadros dolorosos prolongados induzem modificações no funcionamento do sistema nervoso central que resultam em hipersensibilidade à dor, podendo até fazer com que a dor perdure mesmo após a resolução do problema que a originou.
Atualmente, as síndromes dolorosas são divididas em inflamatórias, nociceptivas, neuropáticas e nociplásticas. O primeiro passo para um controle adequado da dor deve incluir definição do tipo e de sua causa. Muitas dores, particularmente as crônicas, são complexas, envolvem mais de um mecanismo, implicando na necessidade de minuciosa avaliação do paciente e emprego de tratamentos multimodais. Sempre que possível, a causa da dor deve ser tratada, o que pode ser um processo lento, mas em paralelo a isso, a dor em si deve ser tratada.
Dentre as síndromes dolorosas mais frequentes e tratáveis, podemos citar cefaleias (dores de cabeça), incluindo enxaquecas, cefaleias tensionais, neuralgia do trigêmeo, cefaleia em salvas; cervicalgia (dores na coluna cervical); lombalgias (dores na coluna lombar), coccidinia (dores no cóccix); ciatalgia (dor no nervo ciático); síndromes miofasciais; fibromialgia; neuropatias periféricas (decorrentes de inflamação ou degeneração de nervos periféricos); neuropatias compressivas; dores do membro fantasma (pós amputações); dores da articulação temporo-mandibular (ATM); herpes zoster e neuralgia pós-herpética; capsulite adesiva, dores regionais complexas, dores pélvicas; dores pós-operatórias e pós fraturas e dores secundárias a neoplasias (câncer).
Diversas alternativas terapêuticas podem e devem ser empregadas no controle da dor, incluindo: tratamentos não farmacológicos (exercícios, fisioterapia, psicoterapia, estimulação elétrica transcraniana, acupuntura), medidas farmacológicas (uso de medicamentos, incluindo analgésicos simples e opioides, anti-inflamatórios não esteroidais, bloqueios simpáticos venosos, canabinoides (óleo de cannabis), toxina botulínica e medicamentos para controle de dor de origem central) além de tratamentos minimamente invasivos (infiltrações articulares e de partes moles, bloqueios anestésicos, neurólises e implante de dispositivos, seja no sistema nervoso central, seja nos nervos periféricos). É importante que as alterativas terapêuticas sejam empregadas de modos adequado visando o controle da dor e minimizando os efeitos colaterais.
O diagnóstico adequado da causa e do tipo da dor e o seguimento clínico apropriado possibilitam resolução ou grande alívio da maior parte dos quadros doloroso.
Marque uma
Consulta
Conheça as Principais Doenças Reumatológicas
Dr. Gláucio Castro
- Graduação em Medicina pela Universidade Federal de Santa Catarina (1999)
- Residência Médica em Clínica Médica e Reumatologia pela Universidade Estadual de Campinas – Unicamp (2003).
- Área de Atuação em Dor
- Pós-Graduação em Tratamento Invasivo da Dor - Einstein